
O autor explica os princípios básicos para se conquistar uma vida financeira estável, com bom humor, usando como exemplos as mocinhas dos contos de fadas. Quando li isso na sinopse, meu lado ranzinza já pensou: “ih, deve ser uma bobagem…” Mas como meu lado ranzinza há muito perdeu espaço para meu lado feliz, saltitante e aberto a novidades, achei que poderia ser uma grande sacada, para alcançar até mesmo as garotas mais novinhas e consumistas ou as mais velhas e bem humoradas (como eu). E acertei na mosca! (Tadinha da mosca.)
Você nunca imaginou que Branca de Neve, Cinderela, Bela Adormecida, Chapeuzinho Vermelho e suas amigas pudessem ter algo a ensinar sobre sua vida financeira, né? Elas são usadas de forma divertida, ilustrando os ensinamentos do autor. Ao ouvir isso, você pode achar que o livro parece infantil, mas não é! Aliás, Reinaldo Domingos tem livros infantis sobre educação financeira (ideia genial, se eu tivesse aprendido sobre isso na infância, teria evitado problemas sérios no meu casamento, anos depois), mas este livro, especificamente, é para mim e para você, mulher, não tente fugir e entregar para a sua sobrinha…rs…
”Infelizmente, é muito pequeno o número de mulheres que têm independência financeira de verdade, porque o conceito de independência financeira pressupõe mais do que “ter o seu próprio trabalho e ganhar o seu próprio dinheiro”. Só é independente financeiramente a mulher que puder dizer que, se algo lhe acontecer e ela tiver que parar de trabalhar, ainda assim ela terá como manter seu padrão de vida hoje e no futuro. Ou seja, uma mulher que não dependa do marido, mas que tampouco dependa do trabalho para se manter. Uma mulher que tenha realmente dinheiro!”Uauuu…isso foi um soco no meu fígado, Reinaldo! Quantas mulheres podem dizer que são realmente independentes? E se você levar em consideração essa definição, verá que até mesmo as que optaram por ser donas de casa precisam de educação financeira, para ajudar seus maridos a alcançarem essa independência (ou pelo menos para não atrapalhar, instalando um ralo ligado a um buraco negro nas contas do casal).
..hahaha… Esse livro também lhe ensina a ter uma relação mais racional com suas finanças. Ele fala em “amar seu dinheiro” não no sentido de fazer dele o seu deus, mas de não agir como se o odiasse (mal chega em suas mãos e você já quer passá-lo adiante). Aprender a ter uma relação mais racional é isso:
Esse é o caminho que sempre funciona: renunciar, racionalmente. É um caminho doloroso, porque abre mão do prazer imediato por uma satisfação maior, mas que levará um pouco mais de tempo. É aquela velha luta que exercita nosso domínio próprio.
“A partir de hoje, quando você passar pela vitrine de uma loja sem cair em tentação, saberá que está abdicando de ter uma bota de cano alto da grife do momento, por exemplo, porque está trocando um pequeno prazer imediato por um sonho maior e mais importante. Ou seja, você estará trocando a gratificação momentânea por algo melhor no futuro. Lembre-se: quando você se guia por impulsos, você erra!”
O que ele diz abaixo serve para diversas áreas da vida, desde o gerenciamento financeiro, uma reeducação alimentar, até a nossa vida espiritual! Leia isso quantas vezes precisar, saber colocar isso em prática pode fazer a diferença entre vencedores e perdedores:
“Por isso, às vezes, é mais sábio ir pelo caminho mais longo para obter um sonho de consumo, sem se deixar influenciar por agentes externos, juntando o seu dinheiro primeiro para, então, de posse dele, fazer a aquisição desejada. Ao longo do processo de aplicação prática do que você está aprendendo neste livro, muitas pessoas vão lhe dizer que isso tudo é uma bobagem, que seu esforço não vai dar em nada. Suas colegas irão convida-la para praticar shopping-terapia em seus momentos de maior fragilidade, tentando desvia-la do caminho. Mas lembre-se! Os vencedores só são vencedores porque não perdem de vista uma coisa chamada resistência. Resista! Resista! E…resista!
Você está trilhando uma jornada pessoal. Ela é só sua! Ninguém mais poderá entender o que a move. Então, deixe as outras pessoas fora dela. As que realmente forem suas amigas e a amarem, certamente estarão ao seu lado lá na frente. Deixe que digam que você se tornou careta ou que anda meio desenturmada! Nada disso importa agora, porque, lá na frente, daqui a alguns anos, você estará bem de vida, e, talvez, muitas dessas pessoas que hoje a criticam não terão a mesma sorte. Se necessário, reveja seu círculo de amizades, os lugares que tem frequentado e os produtos que anda consumindo. Será que essas escolhas cotidianas realmente a fazem feliz, ou são apenas tentativas furadas de impressionar (a quem?) ou se sentir aceita !
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